sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O Que Temos Sobrando: Vazios





Já me senti incomodada, ou melhor, deslocada. Por não estar com o a roupa da moda ou com o cabelo da atriz da novela. Quando não sabia os jargões tirados de personagens televisivos ou não usava a marca da hora. Foi quando percebi que estava sento tragada por um mundo que passei a abominar. Que suga sua personalidade e deixa um espaço vazio a ser preenchido por qualquer coisa descartável imposta por uma mídia que nos distancia da realidade.

Bem, aos que já se sentiram assim ou, por infelicidade, sente-se. Só queria dizer que pessoas como nós, não precisam de uma saia curta e maquiagem pesada na cara para desviar a atenção da pobreza de conteúdo que predomina em nosso ser. Conquistamos as pessoas em um simples trocar de ideias, sem a necessidade de usar os logotipos de marcas famosas que mais parecem algum tipo de fardamento usado por muitos.

Temos nossa própria tendência. Aquela camisa comprada há uns 5 anos que ainda usamos como nova, não faz diferença alguma quando ultrapassamos a imagem redundante e de mesmice que a massa adora perpetuar. Como as pessoas deixam-se levar por moldes? Engolem tão rápido aquilo que nos é imposto. Falta reflexão, ou transformando em miúdos, falta o hábito simples e imensurável de pensar!

Já me senti diferente.  Quando não usava o fardamento obrigatório na balada. Mas percebi o quão ridículo isso é! E mais, o quanto isso é importante para tanta gente. Foi olhando um rebanho de meninas, com o mesmo estilo roupa... De cabelo... De trejeitos... Que a nostalgia me bateu à porta e me fez recordar de tempos atrás.

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