Às vezes cansa tanta gente idiota
que tem por aí. Gente superficial que vive da imagem que eles mesmos
inventaram.
Não que tenha acontecido nada
específico para que eu esteja tendo essa súbita revolta, mas percebi que as
redes sociais e essa troca de informação na rede mundial estão agravando cada
vez mais essa situação.
Não interessa mais se a festa foi
legal, se você até está se divertindo, ou se aquela viagem é o show... O que
interessa e postar no face ou instagram, ou qualquer que seja o meio.
Fiquei pensando que isso deve ser
a mais nova forma de status social. Não basta só se vangloriar daquilo que tem
ou fez com os amigos da rua, a onda agora é compartilhar com milhares de
“amigos” que não te dão nem um “oi” ao cruzarem com você ocasionalmente em
algum lugar, para que curtam e comentem. Deve ser essa a intenção de se
colecionar inúmeros perfis nos contatos, gente que nem se conhece e que polui
sua linha do tempo com frases de banda de forró, oras, quanto mais “amigos”,
maior será a abrangência, maior o público.
Essas pessoas partem do mesmo
preceito usado pelas empresas de propaganda, podemos até chamá-los de indivíduos
Marketing, usam uma máscara para agradar a todos e querem passar uma imagem
daquilo que não existe, que não é real, a diferença é que as empresas desse
ramo lucram com isso, e essas pessoas
apenas criam um mundo paralelo que no fim das contas elas próprias passam a
acreditar na farsa que criaram. É tudo tão supérfluo.
As redes sociais não são extensão
daquilo que somos, para a grande maioria, é a extensão daquilo que querem ser.
O pior é saber que é só o começo, você vai se
tornando um indivíduo marketing sem nem perceber. Por fim, ainda prefiro conhecer gente, assim,
olho no olho, numa conversa num banco de praça qualquer onde podemos mesmo
tentar conhecer um pouco daquilo em que acredita e daquilo que foi vivido. Não
dá pra conhecer ninguém apenas lendo os posts do Chapolin na poltrona ou de
imagens do Google ao fundo de frases feitas.
Assustei-me ao tentar quantificar
o tempo de vida perdido com isso. Tudo que fazemos ou tudo que queremos, não
precisa ser divulgado para o mundo inteiro. Sinto falta de antigamente, quando
para conhecermos uma pessoa e compartilhar com ela um pouco de nossa vida,
precisávamos de um negocinho chamado CONVIVÊNCIA!
Por fim, fico feliz por aqueles
que ainda não absorveram esse mal do século que é essa exposição desacerbada de
tudo e de todos. Onde as pessoas moldam sua imagem para cair no gosto popular e
mostrar pra uma ruma de gente que não conhece aquilo que não é!