terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Que Se Vê...



Nem tudo é o que parece ser, mas às vezes, algo que está bem na nossa frente é a tradução fiel daquilo que realmente é. Deixar levar-se pela as aparências das coisas deve ser evitado, mas não quer dizer que as pessoas e situações não sejam também o que demonstram ser. É a tradução daquele famoso ditado popular: Pior cego é aquele que não quer enxergar.

É difícil ter clareza em nosso olhar, pois somos constantemente influenciados por nossas emoções e somos meio que empurrados a perceber apenas aquilo que nos agrada, aquilo que realmente queremos que aconteça. Assim também acontece com as pessoas. Já dizia um comercial antigo na televisão do qual não me recordo o produto agora, mas a mensagem sempre ficou em minha memória, não pelo impacto das palavras que só dizem aquilo que lá fundo já sabemos, mas que ao associarem-se com imagens me fez guardar-la em mim: Apaixonamos-nos não pela pessoa real que está ao nosso lado, mas sim por uma projeção que criamos dela, projeção essa que reflete tudo aquilo que queremos ter em outra pessoa. E quando essa ilusão é invadida pela realidade nos decepcionamos. Não que seja culpa da outra pessoa, e nem tão pouco culpa nossa, ninguém nos ensinou a habilitar nossos olhos e coração a enxergar apenas as coisas como elas são.  Assim também acontece com nossa idealização de vida, previsão de fututo, seja próximo ou não. Não quero dizer aqui que não devemos sonhar, longe disso, sonhar é meio caminho andado para realidade. Mas às vezes, a realidade assusta um pouco quando não vemos por ângulos externos nossa vida. Isso leva tempo e só vem com a sabedoria que os anos nos dão de presente.

Mesmo assim, acredito no amor e em toda a magia que ele traz para nossas vidas. Querendo ou não, esse sentimento influência no dia a dia e nas outras esferas do nosso cotidiano. Lidar com isso demanda uma habilidade que a experiência proporciona. Então, tudo na vida é válido e aproveitável. Tudo deve ser tomado como lição para que os erros futuros sejam evitados, bom também é aprender com os erros de outrem, já que não teremos  tempo todo para cometer todos.

            Portanto, não adivinhamos nada, pressupomos algumas coisas e o restante apenas vivendo pra saber. Essa linha de pensamento não deve ser ligada apenas à relacionamentos amorosos, pode remeter a nossa postura perante os desafios da vida, na busca de nossos objetivos. As coisas mudam e assim como são as coisas são as pessoas! Rsrsrsr... Que tenhamos sempre um olhar renovado sobre tudo aquilo que nos rodeia e que aprendamos a sempre enxergar o melhor caminho a seguir mesmo se a estrada estiver nebulosa.

“ A única coisa da qual devemos ter medo é do próprio medo. ”
Roosevelt

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Para Viver Um Grande Amor!


Galera,

Segeu um belíssimo texto de Vinícius de Moraes. Todos nós precisamos de um toque de romantismo na vida, e nada melhor do que mergulhar na poesia do consagrado poeta brasileiro que admiro desde de muito tempo.





 Para Viver Um Grande Amor

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.


Para finalizar o momento: Estou apaixonada. =D Um outro poema dele.

Como Dizia o Poeta



Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mona Lisa era Banguela


Muito já se falou sobre o misterioso sorriso da Mona Lisa, mas, se o pessoal da Escola de Odontologia da Universidade de Georgetown (EUA) estiver certo, parece que a moça da obra de Leonardo Da Vinci não tinha muitos motivos para sorrir.

“Acreditamos que a Mona Lisa não está sorrindo; ela tem a expressão comum a pessoas que perderam os dentes da frente“, aponta o estudo.

Segundo os pesquisadores, quem olha com cuidado percebe uma cicatriz na região dos lábios da moça, que, eles acreditam, teria sido causada por um golpe violento na boca. “A marca abaixo do lábio inferior é similar à criada quando, como resultado do uso de força bruta, as bordas incisais dos dentes causam feridas penetrantes no rosto”.

Vítima de violência doméstica, talvez? Pobre Mona Lisa.
(Quer averiguar por si mesmo? Dá uma olhada nessa versão gigante do quadro.)


Fonte: Revista Superinteressante