segunda-feira, 8 de julho de 2013

Evolução?


Mesmo após anos e anos de evolução, seja ela tecnológica ou fundamentalista, a sociedade ainda mantêm velhos conceitos enraizados. Comportamentos que nem percebemos, mas que estão bem ali a nossa frente. Repetindo o que nossos ancestrais sempre fizeram e que até hoje lutamos para reverter.

Algumas coisas nunca mudam e isso não se tem como contestar! Mas a mudança não chegou pelo simples fato de não incomodar ao ponto de termos que fazer uma revolução farroupilha.

As opiniões e ações de antigamente já não existem com os mesmos nomes, mesmos gestos. Mudaram a forma e a intensidade, mas continuam a espreita, ainda conseguem ganhar uma força de impacto, menor claro, mas ainda sim possui o bastante para excluir, alienar, menosprezar e tornar velhos conceitos balizadores de um conjunto de pessoas que se dizem na era da informação, mas que usam filtros cada vez mais manipulados para absorvê-las e toma-las como verdade absoluta.

Não sei, pode ser que ainda estamos vivendo como há anos e apenas tentando mascarar uma evolução que não existiu. Muita coisa mudou a maioria para melhor e outras, nem tanto assim.

Mulheres ocupando cargos que antes predominava os machos alfas da sociedade. Mas isso não quer dizer que ainda não soframos preconceito, exclusão e que somos aceitas de bom grado no comando. Ainda somos vistas como pilotos de fogão, criadoras de filho, o lado ciumento e inseguro de uma relação. E ainda somos taxadas como sentimentais. Este último não é que seja ruim, mas para o mundo é sinônimo de fraqueza. Não precisamos caçar com lanças para conseguir comida, hoje a caça é intelectual, sútil. E foi por isso que a ascensão das mulheres aconteceu.

As pessoas aceitando o que são sem medo das repressões que povoam a mente de pessoas desinformadas e preconceituosas. Opção sexual não é influência, e sim biológico. Quando desconhecemos algo, apenas abominamos e nem damos uma chance para realmente conhecer o outro lado da moeda. É sempre mais cômodo dizer que não gosta pelo simplesmente ideal que é errado. Mas quem disse que é errado? O que sai da zona comum da maioria é sempre qualificado dessa maneira. O que eu compreendo das convenções estabelecidas para que se possa viver em sociedade, é justamente isso, respeite aquilo que não te prejudica e siga sua vida. O que não faz o mal comum, não necessariamente tem de fazer a satisfação de todos. E só! Por que é tão difícil parar de se importar com o alheio?

Com tantos anos de evolução as pessoas ainda se surpreendem com o novo. Na verdade, preconceito, exclusão social, maltratar o que é minoria não nos traz nada de novo, é algo que acompanha a humanidade desde que a terra era uma bola de fogo. Mas mesmo assim, ainda não aprendemos a lidar com isso. Ou não queremos aprender. Por seguirem literaturas e pessoas retrogradas incapazes de discernir o que é certo ou errado com um simples ato que é pensar. Acham que conhecimento é estático, e o que se aprendeu há milhares de anos é valido para as novas gerações.

Se o povo não reclama é porque são burros. Fazem-se passeata por seus direitos, são vândalos. Se a maioria negra vive na periferia é porque são todos bandidos, se tem oportunidade de concorrem à uma faculdade igualmente como aqueles que possuíram maiores oportunidades de ensino básico melhor é o governo com seus tapas buracos empurrando neguinho nas cotas.

Temos que trabalhar nosso lado o humano, e tentar realmente sermos mais positivos com a vida, seja ela nossa ou a dos outros, pela qual sempre nos importamos mais.  Por que sempre procuramos o que pode nos entristecer ou carregar o fardo do mau humor com tudo. Precisamos é de leveza para alma. Antes de apontar o dedo, é melhor apontar soluções. Seria mais prático, mais correto.