quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sempre o "Meu"


Sentir que perdemos algo é a mesma coisa de dizer que detínhamos a posse desse tal algo.

Posse. Possessividade Ter em meu poder. Meu. 
♪ ♫ Eu só aceito a condição de ter você só pra mim... ♪ ♫
 
Por que queremos sempre reivindicar autoridade sobre tudo?

Se praticássemos o desapego evitaríamos tanto mal estar. Tantas desilusões. Não podemos ser donos das pessoas, e muitas vezes, nem mesmo das coisas. Pois assim como as pessoas, o que é material um dia se vai também. E pode acreditar, tem gente por aí que sente mais dor quando perde algum objeto do que qualquer pessoa no mundo.

Mas, penso que perder as coisas abstratas são bem piores. Essas machucam bem mais, chegam a transformarem-se em dor física.

Deveria ser fácil conviver com tudo sem criar laços de posse. Mas isso não deve ser humanamente possível. Só se realmente não tivermos o mínimo interesse. Quando realmente gostamos, quando aquilo nos faz bem, é normal querer colocá-los num lugarzinho surreal chamado sempre.

Com relação às pessoas, não podemos dizer que somos dono, apenas que por certo período de tempo foi compartilhado um pouco da nossa existência. Essa é a palavra certa, compartilhar! Não entregamos nada e nem ganhamos também, apenas há uma intersecção entre esse conjunto de casos e fatos que formam a vida de cada um.

Ter medo de perder deve ser em função do quão bom é o hoje e quão seria no amanhã.





quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Brasilidades

MICROBIOLOGIA Técnico subsequente em Química -->
O Ministério Público Federal ordenou que o banco central retirasse a frase “Deus Seja Louvado” das cédulas de dinheiro. Isso gerou polêmica, para variar, entre os religiosos cristãos.

É esse tipo de notícia que me faz pensar o quão desocupado são os poderes de nosso país. Tanta coisa mais importante pra consertar e vão ocupar logo o judiciário, a tartaruga paralítica que leva séculos para julgar assuntos do tipo mensalão, para retirar uma frase que afirmo com toda certeza um terço das pessoas nunca repararam sequer que existia. Eu sou um exemplo real disso, quando li a reportagem tratei logo de pegar uma notinha daquelas com cara de final de mês (solitária) e dá uma olhada pra realmente verificar que tinha lá uma danada de uma frase.

Brincadeira mesmo, o Ministério Público Federal preocupado que esses dizeres minúsculos vão ferir o direito das minorias. E o direito da maioria que vive sendo ferido? É de lascar uma coisa dessas.


Minha gente, o que importa mesmo são os números que são em letras garrafais na nota. Aquilo é o que chama atenção. Uma frase em tamanho cinco num canto daquele papel moeda num vai nem vém no jogo do bicho. É só acessório, enfeite. O argumento do MPF é de que o Estado é laico, particularmente nem sabia o que danado queria dizer isso, mas óbvio fui ao nosso bom e velho Google e estava lá a definição: Ausência de envolvimento religioso em assuntos governamentais.

Bem, iaí? Envolvimento religioso? Já viu alguma notinha dessas num altar pregando a Bíblia? Eu pelo menos não. A frase é algo subjetivo, veja como se o “Deus” ao qual se refere seja algo que você goste. Que realmente tenha admiração... Sua mãe por exemplo. Ou até mesmo o Justin Bieber. Não é por que li “Deus Seja Louvado” que vou sair louvando “Deus”” pelos cantos... Não é por que leio em Outdoors na beira de estradas “Beba Coca-Cola” que vou sair por aí feito doida entornando garrafas e mais garrafas.

Essa confusão toda me faz pensar o seguinte, se o Estado não pode fazer referência à religião, então por que nosso calendário ta cheio de feriados religiosos? Pois é minha gente, você que por acaso achou acertada a ação do MPF, iria manter a mesma opinião se fossem retirado o feriado de carnaval, por exemplo? Não sou religiosa. Mas não iria gostar de perder meus feriados, trabalho de segunda a sexta e estudo também, eles são esperados a cada mês, dá uma dor no coração quando um deles cai no final de semana, religioso ou não, deixa como ta! Isso não afeta a vida de ninguém. Esse povo que propôs essa mudança nas cédulas tão precisando é de uma lavagem de roupa pra se ocupar.

Enfim, essa polêmica toda é altamente desnecessária, pífia. Vão onerar os cofres públicos para retirar a moeda de circulação por causa de umas poucas letras colocada lá por alguma alma bondosa que achou de alguma maneira, que aquilo ia ajudar de sei lá de que forma a pessoa que detivesse aquele papel.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Insônia





PS: Sei muito bem como é isso... Todas as noites, pós aula, fico tentando buscar concentração para ter uma tranquila noite de sono, limpar a mente de uma tempestade, ou melhor, Furacão Sandy (Já que tá na moda mesmo. Rsrs...) de pensamentos aleatórios que permeiam minha mente. Mas o plano nunca dá certo. Quanto mais penso em não pensar, mais pensamentos eu tenho. Enfim, Penso, logo não durmo...