Já me senti incomodada, ou
melhor, deslocada. Por não estar com o a roupa da moda ou com o cabelo da atriz
da novela. Quando não sabia os jargões tirados de personagens televisivos ou
não usava a marca da hora. Foi quando percebi que estava sento tragada por um
mundo que passei a abominar. Que suga sua personalidade e deixa um espaço vazio
a ser preenchido por qualquer coisa descartável imposta por uma mídia que nos
distancia da realidade.
Bem, aos que já se sentiram assim
ou, por infelicidade, sente-se. Só queria dizer que pessoas como nós, não
precisam de uma saia curta e maquiagem pesada na cara para desviar a atenção da
pobreza de conteúdo que predomina em nosso ser. Conquistamos as pessoas em um
simples trocar de ideias, sem a necessidade de usar os logotipos de marcas
famosas que mais parecem algum tipo de fardamento usado por muitos.
Temos nossa própria tendência.
Aquela camisa comprada há uns 5 anos que ainda usamos como nova, não faz
diferença alguma quando ultrapassamos a imagem redundante e de mesmice que a
massa adora perpetuar. Como as pessoas deixam-se levar por moldes? Engolem tão
rápido aquilo que nos é imposto. Falta reflexão, ou transformando em miúdos,
falta o hábito simples e imensurável de pensar!
Já me senti diferente. Quando não usava o fardamento obrigatório na
balada. Mas percebi o quão ridículo isso é! E mais, o quanto isso é importante
para tanta gente. Foi olhando um rebanho de meninas, com o mesmo estilo roupa...
De cabelo... De trejeitos... Que a nostalgia me bateu à porta e me fez recordar
de tempos atrás.