“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como
descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de
refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido
meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham,
às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de
simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus
impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar
e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me
uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu
perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma
alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a
forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Desde que me entendo por gente, e isso já faz um
tempinho, assisto, leio ou ouço falar desses conflitos que assolam países do
oriente médio. Na real, nunca entendi muito bem o porquê de tudo isso e o onde.
Tanta informação parcelada na mídia, que parecia ser tudo envolto apenas entre
o Iraque e Osama.
Em razão disso, decidi compartilhar informações
desses conflitos nos países mais afetados.
Depois da II Guerra Mundial, a ONU adotou a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que colocava em pauta o “respeito
universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para
todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião”. O
ideal foi reforçado em 1999, ano em que líderes budistas, protestantes,
católicos, cristãos ortodoxos, judeus, muçulmanos e de várias outras religiões
se reuniram para assinar o Apelo Espiritual de Genebra.
O documento pedia aos líderes políticos e religiosos algo simples: a garantia
de que a religião não fosse mais usada para justificar a violência.
Passados muitos anos e outras muitas tentativas
de garantir a liberdade religiosa, grande parte dos conflitos que hoje
acontecem no mundo ainda envolve crenças e doutrinas, que se misturam a uma
complexa rede de fatores políticos, econômicos, raciais e étnicos.
1. Afeganistão
Grupos em conflito:
fundamentalistas radicais muçulmanos e não-muçulmanos
O Afeganistão é um campo de batalhas desde a
época em que Alexandre, o Grande, passava por lá, em meados de 300 a.C. Atualmente, dois
grupos disputam o poder no país, em um conflito que se desenrola há anos. De um
lado está o Talibã, movimento fundamentalista islâmico que governou o país
entre 1996 e 2001. Do outro lado está a Aliança do Norte, organização
político-militar que une diversos grupos demográficos afegãos que buscam
combater o Regime Talibã.
Após os atentados de 11 de setembro de 2001, a Aliança do Norte
passou a receber o apoio dos Estados Unidos, que invadiram o Afeganistão em
busca do líder do Al-Qaeda, Osama Bin Laden, estabelecendo uma nova república
no país. Em 2011, americanos e aliados comemoraram a captura e morte do líder
do grupo fundamentalista islâmico responsável pelo ataque às Torres Gêmeas, mas
isso não acalmou os conflitos internos no país, que continua sendo palco de
constantes ataques talibãs.
2. Nigéria
Gupos em conflito: cristãos e
muçulmanos
Não é apenas o rio Níger que divide o país
africano: a população nigeriana, de aproximadamente 148 milhões de habitantes,
está distribuída em mais de 250 grupos étnicos, que ocuparam diferentes porções
do país ao longo dos anos, motivando constantes disputas territoriais.
Divididos espacialmente e ideologicamente estão também os muçulmanos, que vivem
no norte da Nigéria, e cristãos, que habitam as porções centro e sul. Desde
2002, conflitos religiosos têm se acirrado no país, motivados principalmente
pela adoção da sharia, lei islâmica, como principal fonte de
legislação nos estados do norte. A violência
no país já matou mais de 10 mil pessoas e deixou milhares de refugiados.
3. Iraque
Grupos em conflito: xiitas e
sunitas
Diferentes milícias, combatentes e motivações se
misturam no conflito que tem lugar em território iraquiano. Durante os anos de
2006 e 2008, a
Guerra do Iraque incluía conflitos armados contra a presença do exército dos
Estados Unidos e também violências voltadas aos grupos étnicos do país. Mas a
retirada das tropas norte-americanas, em dezembro de 2011, não cessou a tensão
interna. Desde então, grupos militantes têm liderado uma série de ataques à
maioria xiita do país. O governo iraquiano estima que, entre 2004 e 2011, cerca de 70 mil pessoas tenham sido mortas.
4. Israel
Grupos em conflito: judeus e
mulçumanos
Em 1947, a ONU aprovou a divisão da Palestina em
um Estado judeu e outro árabe. Um ano depois, Israel foi proclamado país. A
oposição entre as nações árabes estourou uma guerra, que, com o crescimento do
território de Israel, deixou os palestinos sem Estado. Como tentativa de dar
fim à tensão, foi assinado em 1993 o Acordo de Oslo, que deu início às
negociações para criação de um futuro Estado Palestino. Tudo ia bem até chegar
a hora de negociar sobre a situação da Cisjordânia e da parte oriental de
Jerusalém – das quais nem os palestinos nem os israelenses abrem mão.
Na Palestina, as eleições parlamentares de 2006
colocaram no poder o grupo fundamentalista islâmico Hamas. O grupo é
considerado uma organização terrorista pelas nações ocidentais e fracassou em
formar um governo ao lado do Fatah – partido que prega a reconciliação entre
palestinos e israelenses. O Hamas assumiu o poder da Faixa de Gaza. E o Fatah
chegou ao da Cisjordânia, em conflitos que se prolongaram até fevereiro de
2012, quando os dois grupos fecharam um acordo para a formação de um governo.
Mas segundo o site da Al Jazeera, rede de notícias do Oriente Médio, a rixa
continua. Eleições parlamentares e presidenciais serão conduzidas nos dois
territórios e a tensão internacional permanece pela possibilidade do Hamas
voltar a vencer no processo eleitoral.
5. Sudão
Grupos em conflito: muçulmanos e
não-muçulmanos
A guerra civil no Sudão já se prolonga há mais de
46 anos. Estima-se que os conflitos, que misturam motivações étnicas, raciais e
religiosas, já tenham deixado mais de 1 milhão de sudaneses refugiados. Em maio
de 2006 o governo e o principal grupo rebelde, o Movimento de Libertação do
Sudão, assinaram o Acordo de Paz de Darfur, que previa o desarmamento das
milícias árabes, chamadas janjawid, e visava dar fim à guerra. No
mesmo ano, no entanto, um novo grupo deu continuidade àquela que foi chamada de
“a pior crise humanitária do século” e considerada genocídio pelo então secretário de estado norte-americano
Colin Powell, em 2004
.
6. Tailândia
Grupos em conflito: budistas e
mulçumanos
Um movimento separatista provoca constantes e
violentos ataques no sul da Tailândia e criou uma atmosfera de suspeita e
tensão entre muçulmanos e budistas. Apesar dos conflitos atingirem os dois
grupos, eles representam parcelas bastante desiguais do país: segundo dados do
governo tailandês, quase 90% da população do país é budista e cerca de 10%
muçulmana.
7. Tibete
Grupos em conflito: Partido
Comunista da China e budistas
A regulação governamental aos monastérios
budistas teve início quando o Partido Comunista da China marchou rumo ao
Tibete, assumindo o controle do território e anexando-o como província, em
1950. Mais de meio século se passou desde a violenta invasão, que matou
milhares de tibetanos e causou a destruição de quase seis mil templos, mas a
perseguição religiosa permanece. Um protesto pacífico iniciado por monges em
2008 deu início a uma série de protestos no território considerado região autônoma da
República Popular da China.
Esses conflitos envolvem a vida de milhares de
pessoas inocentes que estão no meio do fogo cruzado por interesses econômicos,
onde usa a bandeira religiosa como escudo para essas atrocidades. Os que lutam
nessas guerras, que morrem, que matam, acreditam que estão lutando em tipo de
guerra santa, que estão defendendo suas crenças. Mas quem dá as ordens, e que
estão longe dos campos de batalha, tem interesses muito longínquos. Enquanto
houver intolerância e manipulação das pessoas em alguma doutrina cega e sem
fundamentos humanísticos, sempre haverá esse tipo de conflito onde os beneficiários
são sempre uma pequena parcela da população, enquanto tem toda uma sociedade
morrendo, sem comida, sem moradia, sem dignidade.
Trecho da música de Legião Urbana: A canção do Senhor da Guerra. Descreve bem tudo isso!
“ Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
Aumenta a produção...
Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Prá que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação... “
Assunto que causa bastante polêmica entre os
brasileiros; uns contras e outros tantos a favor. Eu? Bem, sou a favor, mas com
ressalvas. Aqui no estado do RN todas as universidade e institutos federais
aderiram ao sistema de cota que só ontem o governo federal publicou
no "Diário Oficial da União", um decreto que regulamenta a
lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um
prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino
médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o
resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O decreto é
assinado pela presidente Dilma Rousseff.
Nada mais justo que tentar “igualar” a situação
dos estudantes de um país com um índice de desigualdade imenso comparado com as
riquezas que possui. Onde tal riqueza concentra-se nas mãos de uma pequena
parcela da população.
Vamos por partes. Quem estuda em escola pública
sabendo da precariedade do ensino? A resposta é bem óbvia não é mesmo! Quem não
tem dinheiro para pagar uma escola particular conceituada. Logo, a única chance
de cursar um ensino superior seria na rede pública de ensino, já que esta por
sua vez oferece um dos melhores ensinos do país. Mas o que vemos realmente são
pessoas que passaram toda a vida acadêmica estudando em escolas particulares e
na hora de seguir para o nível superior ingressam na rede federal de ensino.
Que chances o estudante de escola pública tem? Claro que há suas exceções, mas
estou me referindo à maioria dos casos. Nada mais justo do que igualar a concorrência,
o ensino público é para todos, por isso, mesmo aqueles um pouco mais abastados
podem usufruir dele. Mas excluir uma determinada classe em função disso não é o
objetivo de uma sociedade, por isso que existem as leis, para tentar equiparar
esses casos.
Metade das vagas oferecidas será de ampla
concorrência. Já a outra metade será reservada por critério de cor, rede de
ensino e renda familiar (até um salário-mínimo e meio por pessoa da
família).
O ponto que sou contra é distinguir entre raças. Quem
não tem uma vida financeira estável vai estudar em escola pública mesmo e
ponto. O que cor tem a ver com isso? O que etnia tem a ver com isso? Isso sim é
exclusão, é criar os preconceitos que tanto querem combater.
Em relação às cotas raciais, a regulamentação
prevê que a proporção de vagas deverá ser no mínimo igual à soma da
porcentagem de pretos, pardos e indígenas na população da unidade da
federação do local de oferta de vagas da instituição, segundo o último Censo Demográfico
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que será
reservada, por curso e turno, aos autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
Então, fazer com que pessoas que cursaram o mesmo
nível de escolaridade concorram entre si é uma forma de dar a oportunidade para
que todas possam dar continuidade aos estudos, já que é assim que o país pode
ir rumo ao desenvolvimento. Deve ser essa a intenção do governo com o sistema
de cotas, terem mão de obra qualificada para que toda uma economia seja
favorecida ao longo do tempo. Mesmo sabendo que isso seja apenas um “tapa
buraco” para a falta de estrutura e de políticas públicas voltadas para o
ensino de base de nossas escolas públicas. O que revolta, é que pagamos a maior
carga tributaria do mundo. E para onde esse dinheiro todo vai? Ensino de
qualidade, saúde, desporto e tantos outros direitos assegurados na constituição
é que não é!