Mesmo após anos e anos de
evolução, seja ela tecnológica ou fundamentalista, a sociedade ainda mantêm
velhos conceitos enraizados. Comportamentos que nem percebemos, mas que estão bem
ali a nossa frente. Repetindo o que nossos ancestrais sempre fizeram e que até
hoje lutamos para reverter.
Algumas coisas nunca mudam e isso
não se tem como contestar! Mas a mudança não chegou pelo simples fato de não
incomodar ao ponto de termos que fazer uma revolução farroupilha.
As opiniões e ações de
antigamente já não existem com os mesmos nomes, mesmos gestos. Mudaram a forma
e a intensidade, mas continuam a espreita, ainda conseguem ganhar uma força de
impacto, menor claro, mas ainda sim possui o bastante para excluir, alienar, menosprezar
e tornar velhos conceitos balizadores de um conjunto de pessoas que se dizem na
era da informação, mas que usam filtros cada vez mais manipulados para
absorvê-las e toma-las como verdade absoluta.
Não sei, pode ser que ainda
estamos vivendo como há anos e apenas tentando mascarar uma evolução que não
existiu. Muita coisa mudou a maioria para melhor e outras, nem tanto assim.
Mulheres ocupando cargos que
antes predominava os machos alfas da sociedade. Mas isso não quer dizer que
ainda não soframos preconceito, exclusão e que somos aceitas de bom grado no
comando. Ainda somos vistas como pilotos de fogão, criadoras de filho, o lado
ciumento e inseguro de uma relação. E ainda somos taxadas como sentimentais.
Este último não é que seja ruim, mas para o mundo é sinônimo de fraqueza. Não
precisamos caçar com lanças para conseguir comida, hoje a caça é intelectual,
sútil. E foi por isso que a ascensão das mulheres aconteceu.
As pessoas aceitando o que são
sem medo das repressões que povoam a mente de pessoas desinformadas e
preconceituosas. Opção sexual não é influência, e sim biológico. Quando
desconhecemos algo, apenas abominamos e nem damos uma chance para realmente
conhecer o outro lado da moeda. É sempre mais cômodo dizer que não gosta pelo
simplesmente ideal que é errado. Mas quem disse que é errado? O que sai da zona
comum da maioria é sempre qualificado dessa maneira. O que eu compreendo das
convenções estabelecidas para que se possa viver em sociedade, é justamente
isso, respeite aquilo que não te prejudica e siga sua vida. O que não faz o mal
comum, não necessariamente tem de fazer a satisfação de todos. E só! Por que é
tão difícil parar de se importar com o alheio?
Com tantos anos de evolução as
pessoas ainda se surpreendem com o novo. Na verdade, preconceito, exclusão
social, maltratar o que é minoria não nos traz nada de novo, é algo que
acompanha a humanidade desde que a terra era uma bola de fogo. Mas mesmo assim,
ainda não aprendemos a lidar com isso. Ou não queremos aprender. Por seguirem
literaturas e pessoas retrogradas incapazes de discernir o que é certo ou
errado com um simples ato que é pensar. Acham que conhecimento é estático, e o
que se aprendeu há milhares de anos é valido para as novas gerações.
Se o povo não reclama é porque
são burros. Fazem-se passeata por seus direitos, são vândalos. Se a maioria
negra vive na periferia é porque são todos bandidos, se tem oportunidade de concorrem à uma faculdade igualmente como aqueles que possuíram maiores oportunidades de
ensino básico melhor é o governo com seus tapas buracos empurrando neguinho
nas cotas.
Temos que trabalhar nosso lado o
humano, e tentar realmente sermos mais positivos com a vida, seja ela nossa ou
a dos outros, pela qual sempre nos importamos mais. Por que sempre procuramos o que pode nos
entristecer ou carregar o fardo do mau humor com tudo. Precisamos é de leveza
para alma. Antes de apontar o dedo, é melhor apontar soluções. Seria mais prático, mais correto.
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