quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Redes "Sociais"


Às vezes cansa tanta gente idiota que tem por aí. Gente superficial que vive da imagem que eles mesmos inventaram.

Não que tenha acontecido nada específico para que eu esteja tendo essa súbita revolta, mas percebi que as redes sociais e essa troca de informação na rede mundial estão agravando cada vez mais essa situação.

Não interessa mais se a festa foi legal, se você até está se divertindo, ou se aquela viagem é o show... O que interessa e postar no face ou instagram, ou qualquer que seja o meio.

Fiquei pensando que isso deve ser a mais nova forma de status social. Não basta só se vangloriar daquilo que tem ou fez com os amigos da rua, a onda agora é compartilhar com milhares de “amigos” que não te dão nem um “oi” ao cruzarem com você ocasionalmente em algum lugar, para que curtam e comentem. Deve ser essa a intenção de se colecionar inúmeros perfis nos contatos, gente que nem se conhece e que polui sua linha do tempo com frases de banda de forró, oras, quanto mais “amigos”, maior será a abrangência, maior o público.

Essas pessoas partem do mesmo preceito usado pelas empresas de propaganda, podemos até chamá-los de indivíduos Marketing, usam uma máscara para agradar a todos e querem passar uma imagem daquilo que não existe, que não é real, a diferença é que as empresas desse ramo lucram com isso,  e essas pessoas apenas criam um mundo paralelo que no fim das contas elas próprias passam a acreditar na farsa que criaram. É tudo tão supérfluo.

As redes sociais não são extensão daquilo que somos, para a grande maioria, é a extensão daquilo que querem ser.

 O pior é saber que é só o começo, você vai se tornando um indivíduo marketing sem nem perceber.  Por fim, ainda prefiro conhecer gente, assim, olho no olho, numa conversa num banco de praça qualquer onde podemos mesmo tentar conhecer um pouco daquilo em que acredita e daquilo que foi vivido. Não dá pra conhecer ninguém apenas lendo os posts do Chapolin na poltrona ou de imagens do Google ao fundo de frases feitas.

Assustei-me ao tentar quantificar o tempo de vida perdido com isso. Tudo que fazemos ou tudo que queremos, não precisa ser divulgado para o mundo inteiro. Sinto falta de antigamente, quando para conhecermos uma pessoa e compartilhar com ela um pouco de nossa vida, precisávamos de um negocinho chamado CONVIVÊNCIA!

Por fim, fico feliz por aqueles que ainda não absorveram esse mal do século que é essa exposição desacerbada de tudo e de todos. Onde as pessoas moldam sua imagem para cair no gosto popular e mostrar pra uma ruma de gente que não conhece aquilo que não é!

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