Será mesmo? Tudo bem que cada
pessoa tem um jeito particular de entendimento, seja pela bagagem que acumulou
ao longo da vida ou, porque, inconscientemente, quer crê naquilo que é favorável para si.
Não dá para dizer que existem
verdades absolutas. As coisas não são simples assim, no que concerne ao comportamento
humano. É bem verdade que interpretar corretamente o que a outra pessoa quer
transmitir não é uma tarefa fácil. Podem-se tirar inúmeros significados
distintos.
O mais frequênte, e o maior
problema, é quando apenas enxergamos aquilo que queremos e que fantasiamos, e em
algum momento tomamos como verdade. É como se vivêssemos em um mundo onde tudo
pudesse ser uma ilusão. É confuso, mas
passa a ter algum sentido quando observamos a nós mesmos. Quantas vezes você não
se perguntou: O que realmente eu quero? Então, como queremos entender o outro se
todos nós, em uma dada fase de nossas vidas, nem mesmo sabemos dos nossos
desejos.
Viver é assim, ir descobrindo,
com certa cautela e pé no chão, quem é quem no jogo do bicho. E de nada adianta
tentar usar nossa experiência em certos assuntos já vividos para querer evitar
que o outro não cometa os mesmos erros que você. Haveria uma enorme possibilidade
de suas palavras serem apenas jogadas ao vento. Tem certas lições que só são
aprendidas quando são vividas.
Mas, sempre queremos impor aquilo
que para nós é o certo ao outro. A minha concepção de o que é ser feliz não será
igual a sua. Lógico que nesse imenso planeta deva ter uns milhares de pessoas
que compartilhem de nossa ideal de vida ou mesmo, que seja um tanto parecido. Só que,
infelizmente, aquela pessoa que convive ali pertinho de nós, não está dentre
esses milhares. Nesse caso, é assistir o rumo que dão às suas vidas mesmo
achando que estejam fazendo a maior burrice da face do universo.
As pessoas só nos decepcionam
quando criamos expectativas sobre elas, temos que encontrar uma maneira de
deixar de lado o que achamos e o que queremos para deixar àqueles que nos cerca
ser o que são ou o que querem ser. Não dá para estar sempre certo ou errado. E que o que foi mal compreendido seja sempre sanado, tudo depende da abordagem a ser usada. Esses traquejos sociais que usamos para influenciar o outro a fazer aquilo que achamos os mais lógico. Nem sempre funciona, mas continuamos alí, tentando.
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