segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Que Restou...



E quando ficam pela metade... coisas pelo caminho.
Planos que não deram certo, promessas que não foram cumpridas.

Aquela sensação que ainda ficou algo. Que incomoda às vezes. Sentimentos incompreensíveis.

Da a impressão que perdura mesmo por todas as magoas e certezas que tivemos no fim.

Inconscientemente ainda procuramos olhares e sorrisos na multidão, ainda buscamos nas lembranças. 

Quanto tempo leva? Estipulamos tempo e ações, e mesmo assim continua. Não acabou ainda!

Dias piores e outros nem tanto. Mas sei que ainda há resquícios que teimam em dizer: - Êi, ainda tô aqui tá!!!

E quando ouço isso percebo que toda minha armadura está em pedaços, e revivo cada momento de dor. Mesmo que seja breve, parecem ainda tão vivos e com o mesmo poder de me machucar.

Tem dias que nada faz sentido pra mim.

Quando tudo falhou, a única coisa que ainda pode ser feita é não fazer nada. 

A ideia de esperar por aquilo que não conhecemos que não tem dia marcado e são apenas emaranhados de incertezas apavora.

No receio de fazer a coisa errada, continuo fazendo nada. E chegam uns dias que me fazem acreditar que não adianta. Mas sei que é o melhor por hora.

Não sei as respostas e até duvido que possua as perguntas certas. 

Mas o tempo passa e com ele a cura para nossas dores. Não dá pra quantificar, então ficamos nas incertezas e continuamos a viver. 

A única coisa que não tenho dúvidas é que por mais que ainda sinta doer, não cometerei os mesmo erros. Se for pra ser, que sejam novos.

Ando meio fadigada de procuras inúteis. De ocupar meus pensamentos com lembranças do passado. 

Enquanto isso, tenho esperanças que algo melhor estar por vir...

“Tenho medo de já ter perdido muito tempo. Tenho medo que seja cada vez mais difícil. Tenho medo de endurecer, de me fechar, de me encarapaçar dentro de uma solidão - escudo".  (Caio Fernando Abreu)


Nenhum comentário:

Postar um comentário