segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aprendendo a Não Esquecer

O assunto de hoje é de interesse geral, desde o estudante que vive reclamando os brancos em hora de prova até os que esquecem o que almoçou quando chega a hora do jantar. Em 2003, uma pesquisa conjunta de duas universidades inglesas comprovou que o cérebro de gênios memorizadores é igual ao nosso. A diferença dos  participantes de campeonatos de memória é que eles treinam constantemente para aprimorar sua capacidade.

Seguem dicas de memorização que podem turbinar o cérebro, que ao longo prazo, iram ajudar a memorizar melhor os assuntos acadêmicos e até mesmo onde está o controle da televisão.

 

DICA 1 >>> DÊ UM TEMPO
Calcular intervalos entre sessões de estudo ajuda a lembrar na hora da prova.

 
            Até os mais atentos são vítimas da “curva do esquecimento”, descoberta pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus no século 19. Você esquece metade do que aprendeu só na primeira hora após aprender. Para driblar essa sangria cognitiva, o psicólogo Hal Pashler,  da Universidade da Califórnia, sugere o estudo parcelado. Pegue o tempo que você tem até a prova e divida o conteúdo em 10 partes, dando o mesmo intervalo entre as 10 sessões de estudo. Assim, você só aciona o cérebro quando ele está pronto para reter novas informações.

DICA 2 >>> LEMBRE ENQUANTO APRENDE
Recordar algo que você recém aprendeu é chave pra fixar o conteúdo.




           Um dos vários estudos que comprovam essa regra foi realizado em 2008 por Jeffrey Karpicke, da Universidade Purdue. O psicólogo pediu para 40 voluntários aprenderem o significado de 40 palavras de suaíli, uma língua africana. Metade estudou como quis; a outra metade era constantemente forçada a lembrar as palavras durante a aula, sem consulta, mesmo sem saber se as respostas estavam certas ou não. A turma do laço frouxo acertou 36%. Os que tiveram a memória exigida acertaram 80%. Um jeito prático de usar esse método é fechar um livro a cada duas páginas lidas e tentar recordá-las.

DICA 3 >>> DURMA DE TARDE
Cochilar após o almoço é um santo remédio: ajuda até a memória


Em fevereiro de 2010, o psicólogo Matthew Walker mostrou que a memória pode ser melhorada com um simples cochilo à tarde. O professor da Universidade da Califórnia pediu que voluntários memorizassem 100 nomes e rostos ao meio-dia, para depois repetir o procedimento às 18h. A metade que tirou uma bela siesta de 90 minutos aumentou seus acertos em 10% – já quem ficou acordado piorou 10%.

Obs pessoal: Bem que o meu chefe podia ler isso e me deixar dormir mais um pouco no horário pós almoço. :D

 
DICA 4 >>> ABUSE DA COMIC SANS
Fontes difíceis de ler ajudam o cérebro a guardar o que está escrito

            E indicam que um texto é mais memorável em Comic Sans – fonte tipográfica considerada abaixo de cafona. Uma pesquisa do ano passado feita em conjunto pelas universidades Princeton e Indiana mostrou que absorvemos melhor a informação que lemos em fontes que não estamos acostumados ou são difíceis de ler. A explicação é que a dificuldade de processamento de letras não familiares teria como efeito colateral facilitar o armazenamento daquela informação. Os pesquisadores pediram para os voluntários estudarem descrições de espécies de ETs. Metade estudou na clássica fonte Arial, tamanho 16. O resto leu o material com a fonte Comic Sans e assemelhadas – e em corpo 12. Resultado: com Arial, 73% de acerto; com Comic Sans, 86%. Por esses 13% a mais, não há elegância que resista.

Enquanto todos esses cientistas da área não desenvolvem um tipo de memória expansível do cérebro, tipo: uma entrada USB onde pudesse inserir um pen drive e êpa... Não preciso mais estudar! Rsrsrs... Meu sonho de consumo também... Mas, esse futuro ainda está longe de ser real. Por isso, leitura e pesquisa pra que te quero hein!
Nosso cérebro é mais um músculo que deve ser trabalhado e exercitado, então, essas dicas que até parecem bem bestinhas, são preciosas. Quem já não virou noites estudando e ao acordar, não lembra nem da metade? Pois é, isso é mais que realidade. A idéia é treinar uns 20 minutinhos por dia e o resultado logo logo vão surgir.

Outro dado importante foi exposto pela psicóloga Betsy Sparrow, da Universidade de Colúmbia, nos EUA, que publicou um estudo na revista Science em que analisou o impacto das ferramentas de busca em nossos cérebros. Após um experimento com 100 estudantes de Harvard, ela descobriu que esquecemos justamente o que sabemos que podemos encontrar na internet, lembramos melhor o que não está disponível online. Além disso, somos melhores em lembrar onde encontrar alguma coisa na internet do que da informação em si. Ou seja, o “efeito Google” atrapalha nossa memória retentiva de dados, mas aumenta nossas habilidades de procura. A internet virou, de fato, nossa memória externa. “Se escolhermos entregar nossa memória à tecnologia, talvez fiquemos livres para explorar nossa criatividade onde as máquinas ainda não podem competir”, afirma Gleick. E já há quem viva para isso. Logo, a internet é uma ótima ferramenta, mas acabamos usando-a como única finalidade, tem gente aí que só sobrevive na base de ctrl+c e ctrl+v, o que não nos ajuda em nada no longo prazo.

               Bem, é isso! Fazendo um rápido resumo de toda essa falação"cientec", o macete é estudar e testar se o assunto foi realmente absorvido por nossa massa cinzenta. Lembando também que o neurônios fortalecem as ramificações contendo determinadas informações quando revemos o assunto. E, vamos dar um trégua ao Google.

Para finalizar, deixo uma frase, que particularmente gosto muito:

"Investir em conhecimentos rende sempre melhores juros."
( Benjamim Franklin)

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