Eu queria ter asas, sentir o
vento tocar o corpo com uma leveza de alma que só os pássaros são capazes de
sentir. Não quero asas para minha imaginação, isso é fácil demais, projetar a
alma do corpo e poder ver tudo de fora, imparcial. Quero os pares de verdade,
com todas as dobras e aerodinamismo que nem o homem conseguiu imitar com tamanha
perfeição.
Queria a sensação de sair por aí,
usando o corpo como força motriz, apenas ele impulsionando a direção que ainda
nem sei qual é. Ver tudo de cima, do alto. Com aquela emoção de que nada pode
me atingir, que nada pode me impedir. E quando cansar, voltar ao convívio dos
meus. A labuta do dia, ou da noite. Para a vida que todos têm. Queremos ser
diferentes, especiais.
Mas no fim, somos todos iguais até nas diferenças,
buscando as mesmas coisas, indo para os mesmos lugares. É por esta razão que
alcançar aquilo que queremos é tão difícil, ora! Tanta gente querendo a mesma
coisa. É por isso que todos os lugares estão sempre cheios, pois não poderia
ser diferente já que todos vão para o mesmo lugar.
Aposto como todo mundo já se
imaginou como alguém que veio ao mundo para fazer algo grande, impactante para
humanidade. Outras vezes, quer dizer, na maioria das vezes, nos vemos apenas
como um grão de areia em meio a um horizonte sem fim de deserto. Não faz falta
ou possui uma proporção significante de ações. Isso é, tomando o planeta como
referência, mas tomando o meu mundo, a minha casa como parâmetro, me sinto como
alguém realmente suas ações e existência pode fazer toda a diferença na vida
para aqueles que dão vida a todos os meus dias.
Quando quiser voar, olhe bem de
perto o seu ponto de partida. Pode ser que com a devida atenção, seja bem
melhor nem alçar voo.
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