quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Veia Poética


No balanço de uma rede a gente sente o coração balançar. O balanço faz no vento movimento, e o frescor deixa o corpo viajar.

Acaba por ludibriar os pensamentos e a alma deixa o escopo e vai simbora passear.

É nessas horas que o racional evapora, os sentimentos afloram e as lágrimas vêm ao rosto encharcar.

Não é de tristeza não senhor! Bem até que eu tô. Mas chega uma hora que o peito fica apertado, e o que não cabe mais no baú do coração, usa as portas da alma para externar aquilo que não há mais como guardar com emoção.

Sei que essas rimas todas não são tradução fiel dos sentimentos guardados no peito. E mesmo assim, procurando sujeito e predicado, um arrudêio desgramado, só pra aliviar do seio, um tantinho assim da saudade, daquilo que já foi e dos outros que ainda nem veio.

Não preciso aqui de concordância entre verbo ou substantivo, nem ao menos seguir a tal da regra gramatical. Mesmo com opiniões contrárias, mas querendo enriquecer a prosa com expressões nossas, posso usar uma tal de licença literária.

Aproveitando o embalo, pra nós que é daqui desse lado de cá, segue a forma correta de como se deitar, naquela que os índios usavam e que até hoje a gente usa até pra rimar.

Modo correto para dormir de rede.




PS: Procurei a forma correta de DUAS pessoas dormirem de rede, mas não encontrei. Isso a gente vai treinando até encontrar o encaixe perfeito.
PS2: Pelas caridades, não confunda "Veia" com "Véia". Rsrsrsr...  






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